Por quanto tempo ficam as roupas no varal
A Sol, Chuvas e rouxinol do campo pousando nelas
Se seus donos não buscam
Presos, enlaçados, mortos, em último ato sexual
amorosamente apaixonados
Dentro de casa?
Rasgar-se-á sem pressa como corpos esquecidos no mar
Calmamente...
Um balançar suave como a preamar
Primeiro a sandália da roupa:
depois sua calça, calcinha, sutiã
Cachecol verde, brinco brilhante, tiara muda imperialmente
Todos caem ao sabor da mais leve brisa
Até o último fiapo como último suspiro
(Roupa boa tem seu último suspiro, perfume e pedido)
Tudo se transforma, por fim,
Em adubo para as rosas que já ultrapassam o varal em altura
Espinhos, flores...
terça-feira, dezembro 01, 2009
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